É conhecida a vantagem dos audiolivros para pessoas cegas, pessoas com baixa visão, principalmente quando cegam ou se tornam amblíopes em idade tardia. Eles são igualmente importantes para pessoas com disléxia. Não os devemos encarar como um substituto dos livros Braille - uma coisa é ouvir ler e outra é ler! Isto aplica-se também às pessoas cegas.
O Expresso decidiu distribuir, naquelas múltiplas campanhas de distribuição de ofertas especiais com que os jornais nos brindam actualmente, as obras de Agatha Cristie.
Bárbara Guimarães e Fernando Alvim são os leitores de serviço. Se a primeira não é uma surpresa nestas lides já o segundo, o Fernando Alvim, só depois da sua explicação é que se percebe porque se meteu nisto: "Estive na invenção da roda, no arranque da Internet, e claro, agora neste fenómeno mundial dos áudiolivros...".
Ele próprio nos explica as vantagens e o mercado potencial e crescente dos áudiolivros:
"É um formato de livro que se destina, também, a pessoas que vêem mal. E a prova disso é que a maioria dos árbitros já compraram áudiolivros. Isto está a ter um grande sucesso no sector da arbitragem. Mas agora a sério... Eu penso que as pessoas que não gostavam de ler, depois dos áudiolivros vão continuar a não gostar. Acho que as coisas não vão mudar a esse nível. Não gostando, a grande vantagem é que vão perder menos tempo. Não gostam, mas ouvindo também não perdem muito tempo!" :-)
A reportagem ficou divertida, principalmente com a presença do Alvim, mas também é séria com os testemunhos da Bárbara Guimarães. É uma iniciativa que se deveria multiplicar.